Apresentação do blog

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Me and my pipe


So here I am, me and my pipe
Nothing gives me more proud
Than we together side by side
Sharing a intense smoking cloud  

No matter how much luck or pain
I try on my living day by day
Not even if there is sun or rain
We’ll be together, I must say

 Enjoying our history and fate
So as to put our problems away
In our romantic pleasant date 

If someone ask how should I live
I would undoubtably say
Always with my pipe, I believe

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Sigo te esperando


Às vezes, me desespero quando penso em ti
Só sei que tudo que sinto não posso evitar
Que você, um dia, certamente, virá aqui
Para em seus tão gélidos braços me levar
 
Tento dormir, esquecer-te, anular-te, enfim
Porém, quanto mais vigorosamente tento
Mais você insiste, se faz presente assim
E já não te tiro mais de meu pensamento
 
Sei que vens impassível, só não sei dizer quando
Passo, então, os dias e as horas a contar
Sigo sempre angustiado, te esperando
 
Sem saber, por fim, o que será de minha sorte
Suplicando para que diminuas meu pesar
Quando no colo me levar, tão temível morte
 

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Trajetória


O que carrego da vida são fragmentos
Gente, experiências, memória
Com eles trago alegrias e lamentos
Evidências da minha história
 

Encontro, descoberta, outra presença
Tudo se dá de forma aleatória
O valor da vida não está na pertença
Mas está no outro, sua trajetória
 

Então, tanto faz fim, meio, início
Para fazer da vida uma aventura
O que importa é causar reboliço
 
Mas, entre plantar amor ou amargura
Deixo pros outros na vida um aviso
No final, virá sempre a morte, pura

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Então (crítica ao Realismo)

Então 
(Leo Braga)

Então,
O temor da gente é todo em vão
O Realismo é uma ilusão
Basta ler e estudar
Falar com o colega, e entender então
“Nossa, coisa absurda!”
Quem poderá crer que tudo é poder
Que cabeça dura

Dura e esvaziada
Pela mente obscura

Não, não...

Então,
Não seja um realistão
Não se esqueça da lição
Fazer a paz é muito bom
Defende-se o funcionalismo, pelo liberalismo
Que boa arquitetura
Quem poderá dizer que não é capaz de crer
Nessa belezura
Liberal ditame
Estado que coopera

São, São

Então,
O realista é como um cão
Que se vê poderoso como Zeus
Não sabe que é um bobalhão
Nem consegue enxergar
Que o liberalismo é que há de responder
A grande questão

Que o mundo poderá ser outro sem o poder
Se o Estado é um ator bom
Coopera, ajuda o amigo
Vive como irmão

*****


Drão 
(Gilberto Gil)

Drão,
O amor da gente é como um grão
Uma semente de ilusão
Tem que morrer pra germinar
Plantar nalgum lugar, ressuscitar no chão
nossa semeadura
Quem poderá fazer aquele amor morrer
Nossa caminhadura

Dura caminhada
pela noite escura

Drão, drão,

Drão,
não pense na separação
Não despedace o coração
O verdadeiro amor é vão
Estende-se infinito, imenso monolito
Nossa arquitetura
Quem poderá fazer aquele amor morrer
Nossa caminhadura
Cama de tatame
Pela vida afora

Drão, drão

Drão,
Os meninos são todos sãos
Os pecados são todos meus
Deus sabe a minha confissão
Não há o que perdoar
Por isso mesmo é que há de haver
Mais compaixão

Quem poderá fazer aquele amor morrer
Se o amor é como um grão
Morre, nasce trigo
Vive, morre pão

Terrível e inevitável

Terrível e inevitável

Por vezes, me pego pensando em você
Quanto tempo falta ainda para lhe ver?
Quantos anos restam? Estou à sua mercê
Oh, desespero que inquieta meu ser

Tantas coisas feitas, sem nada construir
Que reste vão tempo e tanto por fazer
Tantas dadas festas, só a me iludir
Já sem alento, sinto-me arrepender

Uns pedem que a terra lhes seja leve
Só por aquilo que a vida lhes deve
Quanto a mim, o que, então, posso falar?

Sigo pensando quando vou te encontrar
Que tu tenhas dó de minha pouca sorte
Tão terrível e inevitável morte

No amor, a esperança

No amor, a esperança

Como viver sem ti, oh minha donzela?
Sem ti, não há amor, furor, sequer calor
Que me cure dessa terrível mazela
Apenas o que sinto é dor e pavor

Ponho-me num canto, em profundo pranto
Com meu coração em imensa contrição
E sigo, então, aos céus implorando
Para que um dia tenha a tua atenção

Mas quando estou prestes a vida largar
Vejo que por ti vale a pena lutar
Porque és, só tu, minha razão de viver

Então, basta só que tu venhas me chamar
E coloque teu coração a me amar 
Para que o amor renove o meu ser

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Apresentação do blog

Queridos, este blog tem duas inspirações, a saber.

Uma delas é, tão somente, pessoal e manifestada em sonetos que são expressões de pensamentos acerca, em sua maior parte, de temas como amor, melancolia e morte - sentimentalidades e preocupações que rondam meu pensar.

A outra é a minha atividade docente. Na tentativa de cativar meus alunos busco aproveitar-me de músicas e dar a elas novas letras a partir do conteúdo de sala de aula a fim de os sensibilizar para as discussões que, por vezes, parecem pouco acessíveis apenas pelo contato mais árido com o texto. Aqui, as manifestações se dão em paródias.

É disso que se trata este blog, queridos: um espaço de expressão pessoal e docente com uma pitada poético-artística que dê vazão a borbulhas sentimentais e que me permita perceber a mim mesmo a partir de outras considerações.

Partilhar tais manifestações tão pessoais com amigos, aqui, igualmente, faz reconsiderar-me a cada momento. Somos, sou, construções gerúndicas, sempre na relação com o outro, continuamente.

Amigos, com sensibilidade e gentileza, desfrutemo-nos nesses sonetos e paródias...!

Administração, pessoal (para Ciência Política em ADM)

Administração, pessoal
(Leo Braga)

Administração, pessoal
É ciência social
Eu juro (2x)

Tem que olhar para o outro
Entendendo-o um pouco
Puxa, queira ou não queira

Pr'administrar
Com muito afinco
Penso nas pessoas com certeza (2x)

*****

Do Leme ao Pontal
(Tim Maia)

Do Leme ao Pontal
Não há nada igual
No mundo (2x)

Sem contar com Calabouço,
Flamengo, Botafogo
Urca, Praia Vermelha

Tomo guaraná,
Suco de Caju
Goiabada para sobremesa

Como Hans Morgenthau (Realismo Clássico)

Como Hans Morgenthau
(Leo Braga)

Como Hans Morgenthau
Não há nada igual
Que astuto (2x)

Realismo Clássico solto
Criando alvoroço
Urra, faca na caveira!

Quero guerrear, 
Fazer um sururu
Essa é a minha natureza (2x)

*****

Do Leme ao Pontal
(Tim Maia)

Do Leme ao Pontal
Não há nada igual
No mundo (2x)

Sem contar com Calabouço,
Flamengo, Botafogo
Urca, Praia Vermelha

Tomo guaraná
Suco de caju
Goiabada para sobremesa (2x)

Sobrevivência (Crítica ao Realismo Estrutural)

Sobrevivência
(Leo Braga)

Quando o Waltz chegar
Eu quero então discutir
Se é guerra fria o que há
E dilema de segurança em si

Porque (é sobrevivência)
Qu’eu quero (é sobrevivência)
Qu’eu quero, que temor

Trago esta bomba (para ameaçar)
Trago esta bomba (que é nuclear)
Trago esta bomba (pra aterrorizar)

Que horror...
Hoje isso não faz sentido (Waltz é biruta)

Hoje isso não faz sentido (Waltz é biruta)

***

Primavera
(Tim Maia)

Quando o inverno chegar
Eu quero estar junto a ti
pode o outono voltar
Eu quero estar junto a ti

Porque (é primavera)
Te amo (é primavera)
Te amo, meu amor

Trago esta rosa (para te dar)
Trago esta rosa (para te dar)
Trago esta rosa (para te dar)

Meu amor...
Hoje o céu está tão lindo (sai chuva)
Hoje p céu está tão lindo (sai chuva)

Meu amigo, Cachimbo

Meu amigo, Cachimbo

Que paz esta que sinto quando estou contigo
De suspiro profundo e meditação lenta
Seguro-lhe com os dentes, mas não o mastigo

Sei que sente o mesmo e fica ansioso
Estarmos unidos, assim, a nós acalenta
Com pouco minutos faz o tempo valioso

Acendo duas, três vezes para que desperte
Com vigor e pavor de perdê-lo num instante
Para não lhe ver sucumbir gélido, inerte
Sem tabaco, resta pura dor dilacerante

Sermos no aroma, na boca e na madeira
É o teu e o meu, nosso destino cativo
E, se só por uns instantes, se afasta de mim
Já muito me lamento, meu amigo, Cachimbo

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Soneto do Exílio

Soneto do Exílio

Por vezes fico a pensar, então, nela
Ah, cidade sorriso, sempre tão bela
Nas ruas e esquinas, seu povo contente
Suas paisagens, mais que um presente

Não sei se um dia volto para casa
Sei que sinto no peito dor que arrasa
Não importa se há grande contingente
Sei que nada parece niteroiense

Tristeza profunda, longo exílio,
Distância traz à mente cores fortes
Lembrança de uma vida com meus consortes

Que deveras me pesa o espírito
Saudade dessa pequena rica jóia
Sempre bela terra de araribóia