Apresentação do blog

quinta-feira, 30 de junho de 2016

Apresentação do blog

Queridos, este blog tem duas inspirações, a saber.

Uma delas é, tão somente, pessoal e manifestada em sonetos que são expressões de pensamentos acerca, em sua maior parte, de temas como amor, melancolia e morte - sentimentalidades e preocupações que rondam meu pensar.

A outra é a minha atividade docente. Na tentativa de cativar meus alunos busco aproveitar-me de músicas e dar a elas novas letras a partir do conteúdo de sala de aula a fim de os sensibilizar para as discussões que, por vezes, parecem pouco acessíveis apenas pelo contato mais árido com o texto. Aqui, as manifestações se dão em paródias.

É disso que se trata este blog, queridos: um espaço de expressão pessoal e docente com uma pitada poético-artística que dê vazão a borbulhas sentimentais e que me permita perceber a mim mesmo a partir de outras considerações.

Partilhar tais manifestações tão pessoais com amigos, aqui, igualmente, faz reconsiderar-me a cada momento. Somos, sou, construções gerúndicas, sempre na relação com o outro, continuamente.

Amigos, com sensibilidade e gentileza, desfrutemo-nos nesses sonetos e paródias...!

Administração, pessoal (para Ciência Política em ADM)

Administração, pessoal
(Leo Braga)

Administração, pessoal
É ciência social
Eu juro (2x)

Tem que olhar para o outro
Entendendo-o um pouco
Puxa, queira ou não queira

Pr'administrar
Com muito afinco
Penso nas pessoas com certeza (2x)

*****

Do Leme ao Pontal
(Tim Maia)

Do Leme ao Pontal
Não há nada igual
No mundo (2x)

Sem contar com Calabouço,
Flamengo, Botafogo
Urca, Praia Vermelha

Tomo guaraná,
Suco de Caju
Goiabada para sobremesa

Como Hans Morgenthau (Realismo Clássico)

Como Hans Morgenthau
(Leo Braga)

Como Hans Morgenthau
Não há nada igual
Que astuto (2x)

Realismo Clássico solto
Criando alvoroço
Urra, faca na caveira!

Quero guerrear, 
Fazer um sururu
Essa é a minha natureza (2x)

*****

Do Leme ao Pontal
(Tim Maia)

Do Leme ao Pontal
Não há nada igual
No mundo (2x)

Sem contar com Calabouço,
Flamengo, Botafogo
Urca, Praia Vermelha

Tomo guaraná
Suco de caju
Goiabada para sobremesa (2x)

Sobrevivência (Crítica ao Realismo Estrutural)

Sobrevivência
(Leo Braga)

Quando o Waltz chegar
Eu quero então discutir
Se é guerra fria o que há
E dilema de segurança em si

Porque (é sobrevivência)
Qu’eu quero (é sobrevivência)
Qu’eu quero, que temor

Trago esta bomba (para ameaçar)
Trago esta bomba (que é nuclear)
Trago esta bomba (pra aterrorizar)

Que horror...
Hoje isso não faz sentido (Waltz é biruta)

Hoje isso não faz sentido (Waltz é biruta)

***

Primavera
(Tim Maia)

Quando o inverno chegar
Eu quero estar junto a ti
pode o outono voltar
Eu quero estar junto a ti

Porque (é primavera)
Te amo (é primavera)
Te amo, meu amor

Trago esta rosa (para te dar)
Trago esta rosa (para te dar)
Trago esta rosa (para te dar)

Meu amor...
Hoje o céu está tão lindo (sai chuva)
Hoje p céu está tão lindo (sai chuva)

Meu amigo, Cachimbo

Meu amigo, Cachimbo

Que paz esta que sinto quando estou contigo
De suspiro profundo e meditação lenta
Seguro-lhe com os dentes, mas não o mastigo

Sei que sente o mesmo e fica ansioso
Estarmos unidos, assim, a nós acalenta
Com pouco minutos faz o tempo valioso

Acendo duas, três vezes para que desperte
Com vigor e pavor de perdê-lo num instante
Para não lhe ver sucumbir gélido, inerte
Sem tabaco, resta pura dor dilacerante

Sermos no aroma, na boca e na madeira
É o teu e o meu, nosso destino cativo
E, se só por uns instantes, se afasta de mim
Já muito me lamento, meu amigo, Cachimbo

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Soneto do Exílio

Soneto do Exílio

Por vezes fico a pensar, então, nela
Ah, cidade sorriso, sempre tão bela
Nas ruas e esquinas, seu povo contente
Suas paisagens, mais que um presente

Não sei se um dia volto para casa
Sei que sinto no peito dor que arrasa
Não importa se há grande contingente
Sei que nada parece niteroiense

Tristeza profunda, longo exílio,
Distância traz à mente cores fortes
Lembrança de uma vida com meus consortes

Que deveras me pesa o espírito
Saudade dessa pequena rica jóia
Sempre bela terra de araribóia