Então
(Leo Braga)
Então,
O temor da gente é todo em vão
O Realismo é uma ilusão
Basta ler e estudar
Falar com o colega, e entender então
“Nossa, coisa absurda!”
Quem poderá crer que tudo é poder
Que cabeça dura
Dura e esvaziada
Pela mente obscura
Não, não...
Então,
Não seja um realistão
Não se esqueça da lição
Fazer a paz é muito bom
Defende-se o funcionalismo, pelo liberalismo
Que boa arquitetura
Quem poderá dizer que não é capaz de crer
Nessa belezura
Liberal ditame
Estado que coopera
São, São
Então,
O realista é como um cão
Que se vê poderoso como Zeus
Não sabe que é um bobalhão
Nem consegue enxergar
Que o liberalismo é que há de responder
A grande questão
Que o mundo poderá ser outro sem o poder
Se o Estado é um ator bom
Coopera, ajuda o amigo
Vive como irmão
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Drão
(Gilberto Gil)
Drão,
O amor da gente é como um grão
Uma semente de ilusão
Tem que morrer pra germinar
Plantar nalgum lugar, ressuscitar no chão
nossa semeadura
Quem poderá fazer aquele amor morrer
Nossa caminhadura
Dura caminhada
pela noite escura
Drão, drão,
Drão,
não pense na separação
Não despedace o coração
O verdadeiro amor é vão
Estende-se infinito, imenso monolito
Nossa arquitetura
Quem poderá fazer aquele amor morrer
Nossa caminhadura
Cama de tatame
Pela vida afora
Drão, drão
Drão,
Os meninos são todos sãos
Os pecados são todos meus
Deus sabe a minha confissão
Não há o que perdoar
Por isso mesmo é que há de haver
Mais compaixão
Quem poderá fazer aquele amor morrer
Se o amor é como um grão
Morre, nasce trigo
Vive, morre pão